Ao visitar a casa de Anne Frank huis (espantem-se mas tinha uma descrição da casa em português), houve uma música que não me saiu da cabeça...
"Hidden Place"
Through the warmthest
Cord of care
Your love was sent to me
I'm not sure
What to do with it
Or where to put it
I'm so close to tears
And so close to
Simply calling you up
I'm simply suggesting
We go to the hidden place
That we go to the hidden place
We go to the hidden place
We go to a hidden place
Now I have
Been slightly shy
And I can smell a pinch of hope
To almost have allowed once fingers
To stroke
The fingers I was given to touch with
But careful, careful
There lies my passion, hidden
There lies my love
I'll hide it under a blanket
Lull it to sleep
I'll keep it in a hidden place
I'll keep it in a hidden place
Keep it in a hidden place
Keep it in a hidden place
He's the beautifullest
Fragilest
Still strong
Dark and divine
And the littleness of his movements
Hides himself
He invents a charm that makes him invisible
Hides in the air
Can I hide there too?
Hide in the air of him
Seek solace
Sanctuary
In the hidden place
In a hidden place
In a hidden place
We'll stay in a hidden place
Ooohh in a hidden place
We'll live in a hidden place
We'll be in a hidden place
In a hidden place
E foi horrível perceber a forma como aquela menina foi obrigada a crescer rápido e a maneira fantástica como o fez... Que maturidade...
E meu Deus!! Os olhos daquele pai ao falar na primeira vez que leu o diário e se apercebeu que não tinha conseguido contactar com aquele pequeno universo que girava dentro do mundo de Anne... Que peso... Aqui posso escrever Homem, e não, não me estou a referir à Humanidade.
A memória é fulcral na construção do futuro...
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
terça-feira, 10 de novembro de 2009
John Cage - A anarquia do silêncio
Passeando por Barcelona deparei-me com o portentoso MACBA (Museu d'Art Contemporani de Barcelona), conhecido por ter exposições com forte conotação política, marcada por uma radicalidade que faz com que este seja dos museus com menos filas em Barcelona (grande vantagem no primeiro domingo do mês)
Entre 23 Outubro de 2009 e 10 Janeiro de 2010, encontra-se uma exposição dedicada a John Cage, intitulada como "La anarquía del silencio". Tenho a dizer que foi das exposições que mais me fascinou e "swept me off my feet"
Impressionante.
Passo a transcrever umas frases da nota de apresentação da mesma exposição, fazendo uma tradução livre (não, não havia panfletos em português - nesta viagem só os encontrei na sinagoga portuguesa e na casa de anne frank, em amsterdão. humpff):
"O compositor americano John Cage (1912-1992) redefiniu uma práctica radical de composição musical «experimental» que no sólo cambió el curso de la música y la danza modernas, sino que configuró un nuevo horizonte para el arte de fines de siglo XX...
A obssessão de Cage por quebrar os limites da sua própria disciplina abria continuamente a sua práctica a aplicações que iam muito além da música...
no mesmo momento em que dava forma ao seu modelo de «indeterminação» e estabelecia a sua teoria de «composição experimental», juntou músicos, poetas concretos e artistas que criariam as actividades difundidas mais adiante com o nome de "Happennings", "Events" e "Fluxus", todas elas baseadas no tempo e na performance...
A música de Cage e as suas ideias entrelaçam-se num projecto filsófico de compromisso - registado através da grande variedade de formatos com os que cartografiou os seus objectivos e compromissos-, fundamentado na convicção de que libertar-se das convenções disciplinares, do gosto e dos modelos tradicionais de subjectividade no âmbito estético, pode infiltrar qualquer aspecto de um modus vivendi comprometido"
O que me fascinou na exposição, foi a forma como este Homem que definiu a possibilidade de anarquia musical, de trazer novos sons para a música, que nos abriu o cérebro com a música experimental, definia o seu trabalho em partituras perfeitas com descrição pormenorizada de tudo o necessário para reproduzir os estranhos sons que evocava...
Bem, isso e ver um steinway & sons pela primeira vez (se bem que estava cravejado de parafusos e porcas)... O jovem Cage inventou o conceito de "piano preparado" (foi a sua diversão dos anos 40), em que ele se propunha a tocar o piano directamente nas cordas. Mas como o som também não o satisfazia, foi mais longe e colocou parafusos e porcas de diferentes tamanhos para provocar sons ainda mais únicos!!!
NOVO! ORIGINAL! PERFEITO!
Ele definiu o trilho inicial para bandas que hoje me marcam bastante precisamente por aqueles sons diferentes que alguém algum dia definiu tão bem como "efeitozinhos geniais" - animal collective, bjork, radiohead, fever ray, the knife, philip glass...
A BIG THANK YOU
Entre 23 Outubro de 2009 e 10 Janeiro de 2010, encontra-se uma exposição dedicada a John Cage, intitulada como "La anarquía del silencio". Tenho a dizer que foi das exposições que mais me fascinou e "swept me off my feet"
Impressionante.
Passo a transcrever umas frases da nota de apresentação da mesma exposição, fazendo uma tradução livre (não, não havia panfletos em português - nesta viagem só os encontrei na sinagoga portuguesa e na casa de anne frank, em amsterdão. humpff):
"O compositor americano John Cage (1912-1992) redefiniu uma práctica radical de composição musical «experimental» que no sólo cambió el curso de la música y la danza modernas, sino que configuró un nuevo horizonte para el arte de fines de siglo XX...
A obssessão de Cage por quebrar os limites da sua própria disciplina abria continuamente a sua práctica a aplicações que iam muito além da música...
no mesmo momento em que dava forma ao seu modelo de «indeterminação» e estabelecia a sua teoria de «composição experimental», juntou músicos, poetas concretos e artistas que criariam as actividades difundidas mais adiante com o nome de "Happennings", "Events" e "Fluxus", todas elas baseadas no tempo e na performance...
A música de Cage e as suas ideias entrelaçam-se num projecto filsófico de compromisso - registado através da grande variedade de formatos com os que cartografiou os seus objectivos e compromissos-, fundamentado na convicção de que libertar-se das convenções disciplinares, do gosto e dos modelos tradicionais de subjectividade no âmbito estético, pode infiltrar qualquer aspecto de um modus vivendi comprometido"
O que me fascinou na exposição, foi a forma como este Homem que definiu a possibilidade de anarquia musical, de trazer novos sons para a música, que nos abriu o cérebro com a música experimental, definia o seu trabalho em partituras perfeitas com descrição pormenorizada de tudo o necessário para reproduzir os estranhos sons que evocava...
Bem, isso e ver um steinway & sons pela primeira vez (se bem que estava cravejado de parafusos e porcas)... O jovem Cage inventou o conceito de "piano preparado" (foi a sua diversão dos anos 40), em que ele se propunha a tocar o piano directamente nas cordas. Mas como o som também não o satisfazia, foi mais longe e colocou parafusos e porcas de diferentes tamanhos para provocar sons ainda mais únicos!!!
NOVO! ORIGINAL! PERFEITO!
Ele definiu o trilho inicial para bandas que hoje me marcam bastante precisamente por aqueles sons diferentes que alguém algum dia definiu tão bem como "efeitozinhos geniais" - animal collective, bjork, radiohead, fever ray, the knife, philip glass...
A BIG THANK YOU
Assinar:
Postagens (Atom)