segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

de Joaquim Manuel Magalhães

Vai chegar a manhã.
A luz treme nos arbustos.
Algas, seixos, limos
guiam pelas fragas
a água sem fundura,
o ardor levantino do anil.

Ouves correr poalhas de bruma?
Silêncios do vento que renasce?

Seguro na mão que não seguras
uma lâmina de fogo, um erro
de árvores e olhas-me.

Pouso os lábios no teu pulso
para sentir o coração.
É tão perigoso ser feliz.

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