"I'd like to marry all of my close friends,
And live in a big house together by an angry sea.
Am I the devil's marbles don't move on without me
Who will be watching my body when I sleep?
Who will I believe in? "
O passo apressa-se ao caminhar
pelo etéreo jardim da Regaleira
e há uma mistura de sensações.
Fecho os olhos e já não é dia
é a lua que me enfrenta o olhar agora
Grande, amarela, ligeiramente dentada, mas ainda tão altiva
Chega-me o cheiro a endro que penetrou no salmão de ontem (lembraste?)
tornando-o mais doce, mais carinhoso, mais leve e fresco
E já não sei se é o vento ou o teu braço que me enlaçam pela cintura
levam-me para longe (tão, tão longe)
e há flores que se entrelaçam no meu cabelo tecendo tranças de doçura infinita
e são douradas as raízes que me envolvem os pés
e sou eu que sou uma árvore frondosa
("festina lente")
(olha que engraçado o vasito com o Dionísio e o Apolo)
(olha ali, tantos caracois - e os escargots que se chamavam lesmaçons?)
(e o D. Fuas na capela?)
(e o estilo manuelino patente em todo o lado?)
(e que bem que ficavam estas portas na minha sala de jantar)
(ai, mas que divinais desenhos os deste rapazito, o Magnini - parece que viveu uns tempitos à pala do Carvalho Monteiro, o magano)
e tu que continuas sem nunca estar
(vou buscar a receita da tarte de maçã)
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