quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Sugando dos corpos o que a puta da alma já não fornece,
escorro pelas ruas na esperança de um encontro.
Com quê, com quem? Sei lá, nem me
interessa
Rabisco nas paredes os pedaços de perfume que deixaste
na roupa e que só me encontram quando cogito, pensativa.
Luz, água, dor, fantástica prosa que faz escorrer os dias
Já sem fábulas ou iguarias
Só uma tremenda realidade que matarias, exsanguinarias, esventrarias
com vontade, vontade de me espetar novamente contra a parede
arrancar-me a joie de vivre e comê-la aos poucos
saboreá-la e deixá-la escorrer pelo pescoço abaixo
laranja, lânguida, doce, viva.

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