domingo, 18 de outubro de 2009

Miragem

Afinal eras só um desejo,

Nada havia de real no que senti

Uma pura quimera da minha psyche aborrecida

Um produto pouco real com o qual me andei a divertir ao longo de um ano

(Small children at the bottom of the scenary, scream “All a lie! All a lie!”)


Nada

Mas não foi divertido

E a mente ganha novamente, nada do que me circula no coração ganha vida

São só meras ilusões

Transparentes, translúcidas, fantasmagóricas

Corre-me a lágrima sobre a face seca, enrugada, em clivagem

Mas a lágrima só magoa mais a certeza do deserto

A certeza que nada mais existe para além da próxima duna

Morreu o sonho, que se alimentava demasiado das minhas forças

(porque não era verdadeiro)

Agora as forças para o próximo, agora algo real (por favor)

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