domingo, 18 de outubro de 2009

XII - Eugénio de Andrade

Se vens à minha procura
eu aqui estou. Toma-me, noite,
Sem sombra de amargura, consciente do que dou.

Nimba-te de mim e de luar.
Disperso em ti serei mais eu.
E deixa-me derramado no olhar
de quem já me esqueceu.

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